método fônico de alfabetização

Método fônico de alfabetização: veja quais os seus diferenciais

O método fônico de alfabetização, já bastante adotado em diversos países, tem ganhado mais força no Brasil nos últimos tempos. Essa ampliação de uso é justificada pelos inúmeros benefícios que a metodologia proporciona, como a aquisição da escrita e da leitura avançadas de maneira mais eficiente e célere e a relação intensa com estudos linguísticos e neurocientíficos atuais.

Em outras palavras, esse sistema, na prática, visa ensinar por meio da associação entre a letra — chamada também de grafema — e o som — conhecido também por fonema. O foco é auxiliar os leitores que ainda estão em estágio inicial a compreenderem de que forma as letras e os sons são ligados para a formação de correspondências e padrões ortográficos, ajudando-os também a aplicar esse entendimento na leitura.

No entanto, é importante destacar que as vantagens vinculadas à adoção do método fônico de alfabetização não param por aí. Por isso, neste post, além de explicarmos quando é interessante aplicá-lo, elencaremos os seus diferenciais. Continue a leitura e aprofunde os seus conhecimentos no tema!

Quando é conveniente recorrer ao método fônico de alfabetização?

No método fônico, é muito bem definido o ciclo de alfabetização. Mesmo que existam diversos modos de desenvolvimento do significativo caráter da aprendizagem do alunado, há uma estratégia que tem por finalidade assegurar que o processo de alfabetização tenha sucesso — cada uma das letras é aprendida como um som (ou seja, foneticamente). Por sua vez, o som, a partir do momento em que é associado a outras letras, forma sílabas e, dando sequência, são construídas palavras.

Em razão da mescla entre a preocupação com o ritmo infantil e as tendências científicas, essa metodologia é, primordialmente, pensada para as crianças pequenas — dentro de um período de quatro a seis meses, de modo que elas possam tirar proveito dos seus benefícios. É conveniente, contudo, que a metodologia seja aplicada desde o início da alfabetização.

Quais são os seus principais diferenciais?

Inicialmente, há que se destacar que inexiste uma determinação isolada no que tange ao método de alfabetização que as instituições de ensino podem adotar. No entanto, a instrução fônica sistemática e a consciência fonêmica dialogam muito bem com o método fônico.

As crianças que são alfabetizadas com o uso dessa metodologia, desde cedo, têm a oportunidade de aprender a maneira apropriada de pronunciar os sons na Língua Portuguesa. Além disso, por haver um destaque à oralidade, o alunado cresce em meio a um ambiente no qual escrita e fala estão em conformidade com a maneira adequada de comunicação. Entretanto, recorrer ao método fônico de alfabetização viabiliza o aproveitamento de outros benefícios. A seguir, elencamos os principais.

Incitação à elaboração verbal infantil

O método fônico de alfabetização faz uso de estratégias visuais e fônicas com o propósito de alfabetizar integralmente os alunos. Então, com a abrangência de uma multiplicidade de sentidos, as crianças têm a chance de explorar não somente os elementos neurológicos, mas também os sensoriais.

Desse modo, o falar envolve inúmeras áreas do cérebro, estimulando-o a trabalhar de maneira mais elaborada e mais completa. Assim, falando conscientemente, os alunos “percorrem” todos os seus sentidos e importantes vínculos cerebrais são ativados. Um ponto que é interessante ressaltar é que há um caráter lúdico no emprego do método fônico e, em razão disso, com naturalidade, a criança percebe a fala e começa a produzir textos orais de maior complexidade ainda no início do processo de alfabetização.

Norteamento da leitura e do conhecimento de vocábulos diversos

No intuito de formar leitores conscientes, a metodologia preza pelo respeito ao tempo da alfabetização, fazendo uma introdução gradual tanto das letras quanto das palavras. O mais comum é que, no início, as vogais sejam trabalhadas, seguidas, pouco depois, pelas consoantes. No momento seguinte, apresentam-se palavras de reconhecimento fácil. Após, inicia-se o trabalho com os gêneros textuais — marcando a completa alfabetização.

Essa progressividade viabiliza que o alunado vá ganhando, pouco a pouco, fluência textual, tornando-se, mais à frente, capaz de ler, inclusive, palavras que não estão associadas ao seu imaginário.

Entrega de mais significado ao processo de ensino-aprendizagem

A metodologia fônica abarca o incentivo ao uso da língua escrita partindo da movimentação da boca. Esse estímulo, que é característico do método fônico, complementa-se com o modo como a criança será encorajada a raciocinar linguisticamente.

É imprescindível manter em mente que a alfabetização não se restringe a escrever e a ler. O aluno que é alfabetizado pelo método fônico, então:

  • torna-se capaz de empregar o idioma apropriadamente;
  • tem capacidade de entender a Língua Portuguesa — falada e escrita — com amplitude;
  • torna-se apto a fazer uma análise mais complexa dos textos;
  • passa a ser capaz de levantar questionamentos acerca da linguagem empregada no seu entorno.

O que se deve levar em consideração para definir se o método fônico de alfabetização é o mais indicado?

Em relação a definir se o método fônico de alfabetização é o mais adequado ou não, o mais importante é buscar compreender a alternativa metodológica que parece ser mais conveniente à turma, levando em conta, principalmente, a percepção do educador. Ou seja, a escolha está muito associada à avaliação pedagógica, com o intuito de adotar o formato que faz mais sentido dentro do contexto.

Entretanto, é válido destacar que, para fazer uso do método fônico de alfabetização, o seu princípio e as suas características devem ser compreendidos, sendo importante saber que a sua base reside no código alfabético de modo dinâmico. Então, as relações entre letras e sons precisam ser estabelecidas por meio de atividades lúdicas planejadas para incentivar as crianças a aprenderem tanto a codificar a fala em escrita quanto a decodificar a escrita na fala.

Como visto, o método fônico de alfabetização envolve o estímulo a vários sentidos, o que o torna multissensorial. Portanto, com o emprego de atividades lúdicas que estimulam a visão e a audição, torna-se possível que a criança desenvolva não apenas a escrita, mas também a leitura — e nos mais variados ambientes e em diversas situações. Há, por fim, uma completa alfabetização infantil que se dá por meio de um desenvolvimento progressivo da associação entre fonema e grafema.

A propósito, aproveitando o gancho da temática, que tal aproveitar para entender também como a metodologia STEAM pode ser aplicada e para que serve? Leia o nosso conteúdo sobre o assunto!

Quer receber mais conteúdos como esse gratuitamente?

Cadastre-se para receber os nossos conteúdos por e-mail.

Email registrado com sucesso
Opa! E-mail inválido, verifique se o e-mail está correto.

Parceiros