cursos livres

Como os cursos livres podem ser oferecidos pela instituição? Entenda!

Lyceum - Acervo Acadêmico Digital

Os cursos livres são uma oportunidade de qualificação profissional diferenciada e disponível para diferentes públicos. Apesar de não serem reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), eles são legais e trazem conhecimentos relevantes em diversas áreas de atuação, sendo uma boa oportunidade para estudantes que desejam melhorar seu currículo.

Esse tipo de curso tem duração variável e não exige comprovação de escolaridade anterior. Os certificados de conclusão são emitidos pelas próprias instituições, respeitando critérios acadêmicos e evolução dos alunos. São disponibilizadas oportunidades em diversas áreas, como fotografia, desenho, mecânica, costura, entre outras.

Neste artigo, vamos entender quais são os desafios e as principais vantagens de investir em cursos livres na sua instituição de ensino superior (IES). Continue a leitura!

O que são os cursos livres?

Um curso livre é uma modalidade de ensino que tem como principal objetivo oferecer um aprendizado rápido e eficiente sobre temas que façam a diferença no mercado. Assim, o aluno adquire ou atualiza conhecimentos que já tem para melhorar suas possibilidades de conseguir um novo emprego ou progredir na carreira.

Um exemplo seria um curso de uma linguagem específica de programação ou algo que explore um ramo na tecnologia — ciência de dados, machine learning ou inteligência artificial. Esses são alguns dos campos que têm oferecido diversas oportunidades e vagas de emprego, então eles tendem a atrair muitos interessados.

Outros exemplos seriam marketing digital ou investimentos na bolsa de valores. Um ponto interessante dos cursos livres é que eles podem ser oferecidos em diversos formatos: aulas presenciais, ensino on-line, palestras, workshops, entre outros.

Assim, a instituição que os oferta tem várias opções para captar novos alunos. Vale lembrar que muitas pessoas preferem aprender presencialmente, “olho no olho” com o instrutor. Já outros não têm problema algum em aprender pela internet. Cabe à própria organização escolher seus métodos de transmissão de conhecimento.

Outro detalhe importante é que os cursos livres são geralmente caracterizados pela curta duração. É possível encontrar treinamentos que duram algumas horas ou aqueles que levam alguns meses. No entanto, quando o comparamos a um curso técnico ou a uma graduação, eles são bem mais rápidos.

Diferença em relação aos técnicos

Se uma das principais características dos cursos livres é a curta duração e a capacidade de obter novas habilidades em pouco tempo, os técnicos são geralmente mais longos. É comum encontrar opções que duram de 2 a 3 anos, por exemplo.

Nada impede que um aluno busque as duas modalidades, como uma maneira de conquistar vantagem competitiva no mercado de trabalho. É possível, inclusive, escolher um curso técnico mais generalista e completar a formação com conhecimentos específicos.

Um possível ponto negativo em relação aos cursos livres é o não reconhecimento por parte do MEC, uma vez que eles ainda não têm uma regulamentação específica por parte do órgão. Contudo, quando o estudante opta por uma instituição de qualidade, o ganho em conhecimento técnico e experiência faz a diferença.

Por sua vez, os cursos técnicos são reconhecidos pelo MEC. Porém, vale a pena notar que isso não é sinônimo de boa qualidade: há técnicos oferecidos por instituições de referência e opções ministradas por instituições de ensino que não têm histórico comprovado de formar bons profissionais.

Quais são os desafios de implantar os cursos livres?

Para que a estratégia de cursos livres seja implantada com eficiência, é importante entender os desafios dessa área. Conheça os principais!

Entender as leis que regem esse modelo de ensino

Muitas instituições de ensino hesitam em criar uma estratégia de cursos livres pois não entendem a legislação que rege essa modalidade. De acordo com a Lei nº. 9394/96, o Decreto nº. 5.154/04 e a Deliberação CEE 14/97 (Indicação CEE 14/97), esse é um modelo de ensino legal e válido em todo o território nacional, ainda que não seja regulamentado pelo MEC.

É fundamental saber que o MEC não rege nada que diz respeito ao funcionamento dos cursos livres, não se responsabilizando por nenhum aspecto desse modelo. Isso é diferente do que acontece com outras formações, como graduações e técnicos, que precisam cumprir regras para operar dentro da lei.

Convencer os alunos sobre a validade desse tipo de curso

Outro ponto relevante é convencer os alunos de que, mesmo sem o reconhecimento do MEC, os cursos são valorizados no mercado. O público nem sempre entende como eles podem ajudar a melhorar a qualificação profissional e trazer novas habilidades.

O fato de a regulação dessa modalidade não passar pelo MEC não prejudica a qualidade ou a valorização do que é ensinado. Isso apenas indica que a instituição tem mais liberdade para montar e estruturar os conteúdos da forma que achar mais adequada em cada situação.

Por isso, é preciso mostrar como as empresas valorizam essa qualificação, preferindo profissionais capacitados em determinadas áreas. Desse modo, eles entenderão que essa modalidade serve como um diferencial no mercado de trabalho, o que contribui para aumentar a empregabilidade.

Elaborar a formatação das aulas

Outro ponto relevante é elaborar a formatação das aulas e o planejamento dos cursos. Antes de tudo, é preciso definir se o curso será presencial, a distância ou mesclado, além de decidir qual será a carga horária necessária para o que será ensinado.

Como não há uma regulamentação, definir o tamanho se torna um desafio, já que as aulas precisam ser diretas e objetivas. Portanto, vale a pena considerar todos os assuntos que serão abordados a fim de encontrar um tempo adequado para cada curso, além de entender qual formato pode ser mais interessante para atrair alunos.

Quais são as vantagens que essa modalidade oferece?

Oferecer cursos livres traz diversas vantagens para a IES, que vão desde o aumento dos alunos até a mudança na reputação. Confira algumas delas!

Menor período de duração

Por ser uma modalidade com menor tempo de duração, é possível ofertar uma diversidade grande de capacitações, aumentando a oferta de qualificação profissional na sua instituição. Por serem rápidos, eles também são uma opção para estudantes que já estão na IES e que desejam complementar seus estudos em alguma área específica de sua profissão.

O planejamento e a elaboração das aulas serão mais curtos, podendo ser reaproveitados em outras edições de um mesmo curso. Desse modo, a IES ganha uma nova modalidade capaz de atingir estudantes de forma recorrente, principalmente quando as aulas acontecem no modelo a distância, já que não é necessário regravar o conteúdo para oferecê-lo novamente.

Possibilidade de oferecer o curso a distância

Outra vantagem relevante dessa modalidade é a possibilidade de oferecer o curso a distância. Isso permite que a instituição chegue até alunos de várias localidades, aumentando o alcance dos cursos e trazendo novas oportunidades para atrair mais estudantes.

Com a facilidade que os recursos tecnológicos oferecem e o crescimento da educação no ambiente digital, é importantíssimo se posicionar nesse meio. Desse modo, a IES estará investindo em um mercado em alta e que pode trazer mais competitividade no setor educacional.

Atração de maior número de alunos

Graduações e modalidades técnicas exigem formação prévia dos alunos, o que muitas vezes limita o alcance do curso. Entretanto, o que é oferecido nesse modelo pode ser feito por pessoas de qualquer escolaridade, aumentando drasticamente o potencial de atração de novos estudantes.

Ao oferecer alternativas de qualidade, é possível atrair alunos de todo o Brasil, não ficando limitado à sua região. Desse modo, a instituição também se posiciona melhor no mercado educacional, conseguindo destaque regional, estadual e, quem sabe, nacional.

Flexibilidade aos estudantes

A flexibilidade nos estudos é um dos grandes atrativos dessa modalidade. Muitas pessoas desejam obter qualificação profissional, mas não têm tempo suficiente para começar uma graduação ou um curso técnico, sendo necessário encontrar alternativas mais rápidas e diretas.

Por meio desse modelo, o estudante consegue conciliar trabalho e outras atividades com os estudos, por isso é uma alternativa interessante. Outra possibilidade é a realização dos cursos nos períodos de férias, desde que a instituição ofereça essa opção.

Nos modelos a distância, os alunos têm autonomia para escolher os horários de estudo e controlar o próprio processo de aprendizagem. Além disso, economizam dinheiro por não se deslocarem até a instituição, ganhando também mais tempo.

Como oferecer cursos livres na sua instituição?

Agora que você entendeu os benefícios dos cursos livres para os alunos, nada melhor do que seguir essas dicas para implementá-los em sua IES:

  • faça parcerias com instrutores experientes. Caso você tenha que buscar profissionais fora da sua IE, certifique-se de que eles entendem bem do tema que vão ministrar. Consulte o Currículo Lattes e o LinkedIn, peça referências para outros profissionais e acompanhe os cases de sucesso deles;
  • crie cursos on-line. Cursos na internet são essenciais em um país de grande extensão como o Brasil. Desse modo, mesmo um aluno que more bem longe das instalações físicas da IE poderá aproveitar esse treinamento. Além disso, você abre oportunidades para quem não vive nos grandes centros;
  • pesquise sobre a infraestrutura necessária. Como provavelmente o seu curso on-line vai oferecer material em vídeos, é importante ter os equipamentos para que as gravações sejam bem-feitas. Microfones, profissionais de edição e um ambiente propício para gravações (ou lives) são essenciais;
  • associe o nome da instituição ao curso e ressalte seus diferenciais. Alguns alunos em potencial podem ficar com receio de pagar por um treinamento que não é reconhecido pelo MEC. Contudo, se a sua IE é uma referência de mercado, será mais fácil atrair interessados;
  • explore temas valorizados no mercado. Para aumentar a captação, busque ofertar temas que são valorizados no mercado. Isso não significa seguir qualquer tendência, mas oferecer cursos que abordem habilidades essenciais. Alguns dos setores mais aquecidos são tecnologia, finanças, marketing digital, e-commerce, agronegócio, saúde e alimentação;
  • ofereça todo o suporte digital necessário para os alunos, como um portal intuitivo.

Neste artigo, conhecemos um pouco mais sobre os cursos livres e como eles são alternativas interessantes para as instituições de ensino superior. Vale lembrar que é relevante conhecer e entender mais sobre essa modalidade antes de implementá-la em sua IES. Desse modo, você terá certeza de que está oferecendo uma qualificação profissional relevante para os alunos.

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