tipos de gestão escolar

4 principais tipos de gestão escolar e suas particularidades

Gerir uma instituição de ensino é um grande desafio, pois é necessário coordenar processos e lidar com pessoas em posições distintas — com expectativas e visões de mundo diferentes. O modelo adotado por cada instituição para controlar e gerir as suas principais atividades definirá como os investimentos serão feitos, como o projeto pedagógico será elaborado, a forma como os alunos serão integrados e fidelizados, entre outros atributos.

Muita gente liga a gestão escolar apenas à questão pedagógica, não dando a devida atenção às partes administrativas, financeiras, jurídicas, de tecnologia da informação, entre outras tão importantes quanto. Conhecer os tipos de gestão escolar e suas particularidades é o primeiro passo para definir os rumos que sua instituição tomará.

Para ajudar nessa missão, neste post apresentamos 4 dos principais tipos de gestão escolar e suas características. Confira!

1. Gestão centralizada

Como o próprio nome sugere, a gestão centralizada consiste em um modelo em que a tomada de decisão e execução das ações ficam por conta da diretoria — sem que haja a necessidade de colaboração ou aprovação de terceiros. É um modelo de gestão mais antigo e ainda utilizado por instituições mais conservadoras. 

O foco das tomadas de decisão são os resultados, o que não necessariamente é negativo, se esses resultados não atrapalharem os relacionamentos interpessoais e boa influência da escola na comunidade.

Por ter a gestão centralizada, há uma hierarquia rígida, com os colaboradores tendo suas responsabilidades e cargos bem definidos, além de um organograma indicando quem está no escopo de qual setor e para quem deve responder.

Um dos benefícios desse modelo de gestão é a agilidade das respostas, afinal, é necessário apenas um voto para que haja a execução de uma ação, sem a necessidade de consenso ou votação.

Algumas instituições mais clássicas estão adaptando o modelo de gestão centralizada aos novos tempos, em que há uma necessidade maior de participação da escola na comunidade e respeito ao feedback de todos os envolvidos. A decisão continua centralizada, mas há uma abertura maior a opiniões de terceiros.

2. Gestão com coordenadores de turno

Esse modelo de gestão é baseado na nomeação de coordenadores, que serão responsáveis pela solução de problemas do dia a dia, tendo como foco a redução de eventuais impactos negativos que possam assolar a rotina escolar.

Os coordenadores revezam atuando um em cada turno para avaliar e resolver qualquer eventual conflito entre alunos, organizar os espaços para as atividades, receber solicitações de professores, entre outras demandas. 

Para dar mais consistência nessa atuação por turnos, a instituição poderá contar com profissionais em outros setores em turnos diferentes, como no administrativo, financeiro, escolares etc. Assim, o coordenador do turno da noite não precisará esperar o horário comercial para resolver questões que exijam agilidade, pois terá uma equipe para auxiliá-lo.

Como nos demais modelos de gestão, a coordenação por turno também exige colaboração, comunicação, acolhimento de feedbacks e interação entre as equipes de supervisão, coordenação e direção para atingir a melhoria contínua e para que haja uma sintonia entre diferentes turnos.

3. Gestão participativa

A gestão participativa é o modelo em que agentes externos, que têm interesse e influência da instituição de ensino, são convidados a participar das tomadas de decisão. Nesse modelo, o gestor escolar se reúne com representantes de segmentos da comunidade em que está para descobrir os melhores caminhos para o ensino.

O foco aqui é adaptar o modelo padronizado de ensino às reais necessidades da comunidade, adaptando a grade curricular à realidade socioeconômica e cultural da região em que a instituição pertence — essa é a chave, o pertencimento da escola em relação à sua comunidade e da comunidade em relação à escola.

Esse modelo de gestão também serve para estimular a comunidade a exercer a cidadania, fazendo com que as pessoas se sintam agentes de transformação social e não apenas receptores, aumentando o engajamento de pais e alunos. Essa sensação de pertencimento contribuirá para a melhora do desempenho escolar.

Além da comunidade, a gestão participativa leva em conta também o que pensam os professores, representantes de funcionários e gestores, tornando a aplicação dos recursos financeiros cada vez mais alinhados ao que realmente importa. Com tanta colaboração, a principal característica para o sucesso da gestão colaborativa é a capacidade de ouvir.

4. Gestão com decisões e ações compartilhadas

No modelo anterior, a gestão participativa, o gestor toma as decisões e executa as ações com base no feedback amplo, que envolve todos os envolvidos na comunidade em que a instituição de ensino se encontra. 

No modelo de decisões com ações compartilhadas a tomada de decisão não fica centralizada no diretor, ela é dividida com demais líderes, como supervisores, coordenadores, professores e os alunos representantes. O foco é consultar todos os agentes que estão envolvidos na realidade escolar, vivenciando os desafios do dia a dia.

Sendo assim, para que haja sucesso nesse modelo de gestão é importante que haja reuniões periódicas com a equipe educacional para um alinhamento de ideias. O foco dessas reuniões é a explanação de problemas e a busca por soluções, criando um processo de melhoria contínua. 

Além de contribuir para a resolução de conflitos de forma colaborativa, esse modelo permite ao diretor ter mais espaço para se dedicar a assuntos estratégicos da instituição, pois ficará menos sobrecarregado.

Esperamos que, após a leitura deste post, você tenha entendido quais são os tipos de gestão escolar e as particularidades de cada um. Conhecer os diferentes tipos de modelos é importante para definir em que padrão a sua instituição se encaixa e o que é necessário para migrar para um modelo mais colaborativo e alinhado às demandas da nova geração de alunos.

Além disso, para que haja disponibilidade para o gestor coletar e analisar os diferentes pontos de vista que compõem uma gestão colaborativa, é necessário que todos os setores da instituição estejam trabalhando com qualidade. Com o uso de um bom software de gestão é possível otimizar todas as áreas — financeira, administrativa, atendimento, RH e outras — automatizando processos, reduzindo erros e aumentando a eficiência.

Gostou do post? Qual modelo de gestão a sua instituição adota? Diga para a gente nos comentários.

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