O que é hiperconectividade e como lidar com esse desafio?
As ferramentas tecnológicas e os dispositivos móveis fazem parte do nosso cotidiano, sendo muito importantes para estudo, trabalho e recreação, entre outras funcionalidades. A hiperconectividade se caracteriza pelo contato constante com esses recursos, o que gera a necessidade de estar sempre conectado.
O hábito de checar constantemente os dispositivos tecnológicos é cada vez mais comum entre crianças e adolescentes. Isso acontece no acompanhamento das redes sociais, na interação com os amigos e em outras atividades realizadas no mundo digital.
Saber equilibrar a vida real com o mundo virtual é fundamental para o desenvolvimento dos estudantes, por isso, as instituições de ensino devem promover a educação e a conscientização sobre o tema.
Neste artigo, vamos entender o que é hiperconectividade e quais consequências ela traz para o estudante e para o ensino. Além disso, traremos algumas dicas de como superar esse desafio. Acompanhe a leitura!
O que é hiperconectividade?
A hiperconectividade ainda não tem um significado definido no dicionário, mas já é uma realidade na vida de muitas pessoas. Ela se refere ao fato da pessoa estar conectada o tempo inteiro a algum dispositivo tecnológico, como smartphones, notebooks, computador, entre outras opções.
Desse modo, quem está “hiperconectado” tem necessidade de estar conectado à internet e às redes sociais o tempo todo. Esse é um costume bastante comum atualmente, que pode ser prejudicial para a saúde física, emocional e mental.
Quais são as consequências para os estudantes e para o ensino?
Quando falamos de hiperconectividade no contexto educacional, podemos perceber como ela traz diferentes consequências para os estudantes, impactando também o ensino.
A necessidade de estar sempre conectado afeta o comportamento dos alunos, pois a falta de conexão os deixa agitados, inquietos e prejudica a concentração. Vamos entender algumas consequências que a hiperconectividade pode trazer!
Prejudica as relações sociais
As relações sociais são fortemente afetadas quando a pessoa passa muito tempo conectada. Embora a internet possa ser fantástica para um relacionamento maior com amigos e familiares distantes, por exemplo, ela também pode prejudicar os relacionamentos “reais”, ou seja, o contato pessoal com os outros.
Desse modo, é comum que adolescentes e jovens troquem o mundo real pelo virtual. Eles acabam se isolando, até mesmo dos familiares, priorizando sempre as atividades nas redes sociais ou outras formas de comunicação. Isso prejudica o desenvolvimento socioemocional, pois o indivíduo não exercita essas áreas e se isola em um universo paralelo.
Provoca ansiedade e irritabilidade
Quem se acostuma a estar sempre na internet busca incessantemente novas interações, informações, ou seja, costuma conferir os dispositivos e redes sociais constantemente. Esse hábito aumenta a ansiedade e a irritabilidade da pessoa, que está a todo momento procurando novidades.
Estar exposto a uma corrente de informações tão intensa pode gerar altos níveis de estresse. Desse modo, o nível de irritação e ansiedade aumenta quando a pessoa não pode checar seu celular ou seu computador.
Aumenta o déficit de atenção
O uso exagerado da tecnologia também impacta a concentração e a atenção dos estudantes. O ambiente virtual naturalmente é mais dinâmico e com muitos estímulos, o que muitas vezes não acontece na sala de aula. O modelo tradicional de ensino, no qual o professor aplica aulas expositivas, se torna enfadonho, sendo difícil se concentrar nas explicações.
Portanto, podemos perceber que a hiperconectividade provoca o desequilíbrio cognitivo dos adolescentes. Dessa forma, ela potencializa os transtornos de atenção, obsessivos, de ansiedade e problemas com a linguagem e a comunicação, o que afeta diretamente o processo de aprendizagem.
Como enfrentar esse desafio?
O fácil acesso aos recursos e dispositivos tecnológicos torna a hiperconectividade um grande desafio para as instituições de ensino. É preciso encontrar maneiras de lidar com esse hábito e ajudar os estudantes a usar essas ferramentas de forma saudável. Confira algumas sugestões!
Trabalhar em conjunto com os pais para colocar limites no uso dos dispositivos
A família é sempre uma opção segura para os estudantes, por isso, trabalhar em conjunto com os pais é uma estratégia necessária. Eles conhecem o comportamento dos filhos e são capazes de propor uma rotina mais saudável, colocando limites no uso de smartphones e outros dispositivos.
Por isso, é interessante discutir como diminuir o acesso às tecnologias sem invadir a privacidade e as escolhas individuais. O diálogo é muito importante nessa tarefa, assim como uma explicação clara dos malefícios que a hiperconectividade pode trazer. Se for necessário, um limite de tempo deve ser estabelecido.
Educar adolescentes e crianças no uso da tecnologia
A tecnologia é muito atrativa, sendo fácil se deixar levar pelos recursos que ela oferece. Por isso, é fundamental que as escolas eduquem crianças e adolescentes sobre o uso consciente dos recursos tecnológicos.
É preciso demonstrar quais são os benefícios e malefícios, explicando como o uso exagerado da tecnologia pode prejudicar o desenvolvimento. Desde cedo, eles precisam entender que a vida está no mundo real e que as ferramentas tecnológicas servem para diversos fins positivos, porém, não devem ser o elemento mais importante do dia a dia.
Mostrar como usar de forma responsável
Educar sobre o uso consciente da tecnologia é importante, mas, além disso, é preciso mostrar como utilizar os recursos de forma consciente. A familiaridade com os recursos digitais pode favorecer o processo de entendimento dos benefícios que eles trazem quando usados moderadamente.
Mostre como a tecnologia pode contribuir para quem busca mais conhecimento, com ferramentas e aplicativos educacionais e outros elementos saudáveis que a internet oferece. O lado do entretenimento também não deve ser ignorado, o importante é que o aluno entenda que mesmo uma coisa boa pode se tornar prejudicial quando utilizada em excesso.
Neste artigo, vimos como a hiperconectividade pode prejudicar o desenvolvimento dos alunos e algumas formas de superar esse desafio. É interessante lembrar que a tecnologia não deve ser colocada como uma adversária, porém, demonstrar a importância do equilíbrio. Dessa maneira, a instituição conseguirá aproveitar os benefícios que o mundo digital oferece, sem atrapalhar o crescimento social e intelectual dos estudantes.
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