Entenda como será o futuro do ensino superior
As mudanças tecnológicas e comportamentais da sociedade levantam dúvidas sobre como será o futuro do ensino superior. A velocidade da informação e as novas possibilidades de profissões levam algumas pessoas a pensar se ainda vale a pena fazer um curso superior.
Por isso, é fundamental ficar atento às tendências para o futuro da educação. Assim como outras áreas foram se adaptando, o ensino também deve procurar um novo caminho e demonstrar que ainda é relevante.
Neste artigo, vamos refletir sobre o futuro da educação no Brasil e alguns caminhos que podem ser trilhados. Acompanhe a leitura conosco!
Ainda vale a pena fazer um curso superior?
Diante desse cenário, essa pergunta tem se tornando cada vez mais comum; por isso, é interessante que as instituições de ensino façam uma reflexão sobre o tema. É claro que fazer um curso superior tem muitos aspectos positivos, mas também limitações.
Quando se trata do modelo tradicional, podemos destacar as seguintes vantagens:
- curso superior é pré-requisito para atuação em algumas áreas;
- aumenta a possibilidade de contratação;
- possibilita um retorno salarial maior;
- permite especializações e mais formações;
- traz certificação de formação em determinada área do conhecimento.
Contudo, algumas desvantagens também cabem ser citadas:
- preço elevado em comparação com cursos livres;
- os cursos podem ser considerados demorados;
- falta de flexibilidade do conteúdo em relação aos interesses do aluno;
- dinâmica de estudo engessada.
Como vimos, existem pontos importantes para os dois lados. Sendo assim, é preciso fazer uma boa análise sobre tudo o que envolve essa escolha e buscar a melhor solução.
Da mesma forma, as instituições de ensino precisam perguntar: qual é o futuro da educação? Ao buscar essa resposta, é possível encontrar caminhos que precisam ser percorridos para manter a relevância no processo educacional e oferecer oportunidades que atinjam mais alunos, de formas diferentes.
Qual a importância da educação de qualidade?
Independentemente das metodologias utilizadas, a educação de qualidade é muito importante para o futuro de uma nação. O Brasil ainda tem muitas dificuldades nessa área, principalmente quando falamos sobre o acesso da população aos cursos de nível superior.
Os indicadores oficiais apontam que apenas 18% dos brasileiros com idade entre 18 e 24 anos estão em alguma instituição de ensino superior, um número ainda baixo. Alguns países vizinhos conseguem estatísticas superiores, como a Argentina, o Chile e a Colômbia, que colocam 30% dos jovens dessa faixa etária em algum curso universitário.
A solução para essa dificuldade pode estar na adoção da tecnologia, que é capaz de contribuir para a mudança dessa realidade. Isso acontece de várias maneiras, como a oferta de cursos a distância, que gera redução de custos e aumenta a possibilidade de jovens ingressarem em um curso superior.
Com essa realidade, a educação tende a evoluir e oferecer o que a sociedade espera. Ao progredir em termos de ensino, é possível acelerar o desenvolvimento do Brasil.
Como a quarta revolução industrial impacta o futuro do ensino?
Uma das grandes mudanças no ensino está no impacto que a quarta revolução industrial traz para essa área. Ela mudará o futuro das profissões, já que muitas das que conhecemos hoje serão substituídas ou, até mesmo, deixarão de existir.
O relatório Futuro do Trabalho também prevê que 65% das crianças que entram na escola agora, devem trabalhar em profissões que ainda nem existem. Portanto, um conteúdo relevante para a atualidade pode ser completamente dispensável nos próximos anos, assim como uma profissão valorizada hoje perder prestígio amanhã.
Portanto, as instituições de ensino superior precisam ser ágeis para propor novas soluções e se adaptar às demandas atuais da educação. Vamos ver alguns fatores que podem ser considerados como a educação 4.0. e como estar preparado para esse cenário.
Chatbots e robôs
O termo chatbot refere-se a um robô (bot, em inglês) que tem capacidade para substituir parcialmente a intervenção humana em uma conversa.
Um robô pode responder as principais dúvidas de um aluno e automatizar serviços relacionados a consultas como acompanhamento de notas, faltas, boletos e, até mesmo, informações sobre cursos e inscrições.
Mas um robô poderá substituir o professor. Não. Ao contrário, o robô apenas se ocupará de tarefas repetitivas e liberará tempo para atividades mais humanas, como a reflexão sobre a prática e costumes. Isso permite que as aulas presenciais sejam mais proveitosas e que agreguem mais conteúdo para os alunos.
Lifelong learning
O lifelong learning pode ser entendido como o aprendizado ao longo da vida ou educação continuada. Com a velocidade das novas informações e as mudanças constantes nos processos, a formação tradicional já não é suficiente para preparar os alunos e manter a sua competitividade.
Mas ele não é um concorrente da formação formal, mas um importante aliado que pode ser explorado nas Instituições de Ensino Superior (IES) como forma de estimular os alunos em seu processo de aprendizado e também incentivar seu desempenho, tanto na área acadêmica quanto no mundo profissional.
É possível criar uma grade diferenciada de disciplinas, que estimulem atividades extracurriculares de autoaprendizagem. Outra possibilidade é a oferta de cursos de curta duração e treinamentos online, que proporcionem aos estudantes oportunidades de aprofundamento em diferentes habilidades exigidas pelo mercado de trabalho.
Ensino híbrido
Uma das tendências da educação está no ensino híbrido, que mistura atividades baseadas em tecnologia com ações presenciais. De forma resumida, ele integra o aprendizado online — em que, geralmente, o aluno estuda sozinho — e o offline — momento em que o estudante aprende em sala de aula, em grupo e com o professor —, valorizando a interação e o aprendizado coletivo e colaborativo.
O ensino híbrido pode ser implantado de muitas formas, sendo que o projeto pedagógico da instituição precisa compreender como fazer a integração das tecnologias digitais para que os alunos possam aprender significativamente em um novo ambiente que contempla o presencial e o virtual.
Essas são algumas reflexões que devem ser feitas sobre o futuro do ensino superior. As instituições precisam estar atentas e prontas para se adaptarem às oportunidades que a tecnologia oferece. As inovações contribuem para a criação de métodos de ensino mais eficientes e que trazem um conhecimento atualizado para os alunos. Dessa maneira, o desenvolvimento educacional será mais produtivo e contribuirá para formar uma sociedade mais consciente e crítica.
Gostou deste artigo? Então, curta a nossa página no Facebook e acompanhe de perto todos os nossos conteúdos sobre educação!