rotina de um professor EAD

Você sabe como é a rotina de um professor na EAD?

Entender como é a rotina de um professor na EAD é importante para qualquer instituição de ensino que deseja ingressar na educação a distância ou aprimorar seus processos na área.

Para ajudar nesse objetivo, separamos os principais pontos do cotidiano desse profissional e como ele se relaciona com as novas tecnologias de comunicação e ensino. Portanto, não deixe de conferir!

Qual o papel do professor em meio ao advento da tecnologia no ensino?

Nos últimos anos, houve grande crescimento do EAD graças à expansão de tecnologias inteligentes, como smartphones, tablets, sistemas de vídeo etc., demandando novas habilidades dos docentes que começaram a atuar na área.

Isso trouxe a necessidade de se aperfeiçoar não só a forma de manuseio de equipamentos, mas também o desenvolvimento de novos comportamentos e modelos para lecionar no ambiente virtual.

Tudo para propiciar uma boa aprendizagem, melhorando a aquisição de conhecimentos por parte dos alunos. Portanto, o papel do docente permanece primordial no EAD, sendo peça-chave para que esse tipo de ensino gere bons resultados.

Quais os principais aspectos da rotina desse professor?

Para entender melhor como é a rotina de um professor na EAD, vamos usar um caso hipotético. Digamos que Fábio, nosso docente, começará a atuar com essa modalidade de ensino. Para que ele consiga trabalhar bem, é importante que sua rotina seja planejada muito antes das aulas.

Segundo Ciro Barbieri da Cunha, professor da Business School São Paulo (BSP) e da Fundação Instituto de Administração (FIA), essa rotina começa com a preparação, ou seja, envolve “entender qual é a turma para qual o conteúdo vai ser apresentado e formatar o conteúdo da maneira mais adequada para esse público”.

Embora organizar o material possa ser algo aborrecedor, Fábio precisa fazer isso de forma exaustiva e constante para não ter dificuldades durante a aula, pois o método de repassar informações no EAD tem diferenças substanciais para o modelo presencial.

“Se em uma aula presencial você consegue elencar tópicos em uma apresentação de Power Point, e ao longo da aula você os desenvolve, no EAD você precisa preparar tudo antes”, explica o professor.

Depois dessa etapa, Fábio deverá lidar com uma rotina de disponibilidade. Isso envolve saber qual é o período em que os alunos têm de fazer suas aulas e acompanhar as atividades que foram propostas. “E você precisa propor essas atividades, porque é a única forma de mensurar se o aluno está incorporando ou não os conteúdos passados”, destaca Barbieri.

A rotina de Fábio não acabará quando ele entregar o material para a Instituição de Ensino. Ela só será finalizada no momento em que a avaliação final for fechada e as notas forem dadas. “A rotina começa bem antes e termina exatamente no mesmo modelo de uma aula presencial”, resume.

Como é a organização pessoal do professor na EAD?

A organização pessoal do professor Fábio é muito similar ao que ocorre no dia a dia de cada um. Ele deve ter muita disciplina em termos de planejamento e estruturação de agendas, definindo momentos comuns e espaços para se dedicar ao que se propôs a fazer.

Mesmo que esteja cansado, é preciso executar o que se comprometeu a realizar, de forma bem-feita. “A disciplina para o professor na EAD é tão importante quanto para qualquer professor, qualquer profissional ou qualquer pessoa”, pontua Ciro Barbieri da Cunha.

Além disso, é fundamental que o educador estabeleça uma rotina que contemple todas as nuances referentes ao ensino a distância. Por exemplo, em relação ao contato com os alunos, ele poderá se programar para responder mensagens à noite, antes de ir trabalhar ou ao chegar em casa.

Nesse ponto, é essencial ter disciplina. Também é preciso saber preservar momentos de lazer para equilibrar de forma sadia a rotina profissional com a pessoal e familiar.

Fábio pode desenvolver um modelo de rotina que envolva o planejamento de aulas, elaboração de materiais didáticos, realização de avaliações etc. Antes do período de aquisição das aulas, é possível seguir alguns dos passos mais utilizados por profissionais da área, como:

  1. confirmar o conteúdo do curso e definir os tópicos a serem abordados;
  2. entender o perfil da turma;
  3. construir ou adaptar o conteúdo ao perfil da turma;
  4. disponibilizar o material no sistema;
  5. identificar quais os canais de relacionamento com os alunos e estipular um calendário de comunicação com eles, tendo por base a programação do curso;
  6. definir quais as formas de avaliação do curso, construir a avaliação e disponibilizá-la na ferramenta.

A partir do momento em que começa a aquisição do conteúdo pelos alunos e que eles passam a ter acesso aos materiais, Fábio pode executar outros passos:

  1. cumprir a agenda de comunicação e efetuar revisões nela em resposta a eventuais necessidades;
  2. organizar a disponibilidade para atendimentos individualizados fora da agenda;
  3. terminar avaliações, informando a performance dos alunos;
  4. fazer uma análise de resultados e entender o feedback dado pelos alunos para melhorar as aulas futuras.

Quais competências devem ser desenvolvidas por esse profissional?

“As competências técnicas são as inerentes a qualquer professor”, explica Barbieri. Por isso, nosso personagem, Fábio, precisa ter um bom conhecimento do assunto que está tratando, bem como a capacidade de construir o conteúdo de maneira antecipada.

Também necessita ter intimidade com as ferramentas tecnológicas. Isso é essencial, uma vez que não se pode depender o tempo todo de apoio, de um suporte de TI, do helpdesk etc. Caso contrário, ele poderá ter problemas frequentes com tecnologias, o que pode interromper aulas e atrapalhar explicações sobre o conteúdo.

“Ele deve dominar as ferramentas mais básicas, como e-mails e smartphones, até as mais avançadas, como as plataformas de ensino”, comenta o professor. É preciso saber utilizar essas ferramentas e empregá-las da maneira que se deseja para conseguir dar aulas conforme seu estilo de lecionar.

Isso porque, na sala de aula, o professor faz as coisas de seu jeito. Ele pode falar alto ou baixo, dar ênfase em determinados assuntos, fazer comentários humorados etc. Contudo, Fábio pode não ter esse mesmo tipo de atuação, uma vez que no EAD a formatação não é ao vivo como na aula presencial.

Como é a relação docente-discente nesse contexto?

A obrigação de Fábio, como professor, é garantir que seus alunos aprendam, e não que ele tenha dado todo o conteúdo. Por isso, ele necessita retornar ao conteúdo quantas vezes forem necessárias, mesmo no modelo EAD, em que as aulas podem ser gravadas.

Afinal, existem diferentes formas de abordar um tema que podem torná-lo mais interessante e melhor entendível pelos estudantes. Além disso, o professor não pode se desconectar dos alunos.

Fábio também necessita estabelecer um Service Level Agreement (Acordo de Nível de Serviço). Por exemplo, estipulando uma agenda de comunicação com prazo, informando que as mensagens dos alunos podem ser respondidas em até 48 horas. Essa ação ajuda a gerenciar a relação com os estudantes.

Por que o uso de ferramentas/plataformas certas pode ser um diferencial?

As ferramentas virtuais são a base do EAD, sendo essenciais para o bom ensino nesse modelo. Portanto, Fábio deve ter domínio de instrumentos básicos e fundamentais, como e-mails, comunicação via celular, entre outros canais bem estruturados, além de contar com um calendário organizado. Ele também necessita aprender a realizar videoconferências, seja por aplicativos, seja por algum serviço de telefonia.

“O professor ainda precisa conhecer as plataformas das escolas que direcionam o relacionamento entre aluno e docente”, recomenda Ciro. “Blackboard, Canvas e Moodle são bons exemplos”. Além disso, o professor aponta algumas questões que devem ser analisadas para entender quais ferramentas/plataformas podem ser usadas para melhorar o ensino. Para ele, é importante saber:

  • em que formato os arquivos precisam estar para o aluno consumir? Devem estar em PDF?
  • eles precisam ser interativos?
  • devem conter hiperlinks?
  • as aulas serão gravadas?
  • a plataforma permite que a IES acompanhe isso?
  • ela oferece ferramentas de comunicação a distância, como conferências e trocas de mensagens?

“É preciso olhar o conjunto”, ressalta. “Aquilo que a plataforma não oferece, o professor deve buscar por sua conta”. Além do mais, se Fábio quiser garantir a qualidade de seu trabalho como professor na EAD, faz-se necessário ter uma ementa bem-feita, que direcione o que deverá ser tratado.

Compreender como é a rotina de um professor na EAD pode ajudar a IES a fornecer um suporte melhor a esse profissional tão necessário para a qualidade do ensino nesse modelo. Dessa forma, os resultados podem ser melhorados e os alunos saem ganhando.

Agora que você já conhece mais sobre a atuação desse profissional, que tal descobrir como funcionam as metodologias ativas de aprendizagem?

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