Como aplicar o design thinking para resolver problemas de instituições de ensino
Muito tem se falado sobre a aplicação de design thinking em negócios. É o caso também do uso de design thinking para resolver desafios das instituições de ensino. Neste post, apresentaremos mais sobre a abordagem e como a utilizamos para desenvolver novas soluções. Acompanhe conosco!
O que é design thinking?
Design thinking é um método para a solução criativa de problemas. Oriundo da área de design gráfico e industrial, o conceito se adaptou perfeitamente aos negócios. Isso se explica pelo fato de que essa forma de pensar possibilita soluções criativas, ágeis e funcionais a partir dos seus processos.
O design thinking utiliza elementos do kit de ferramentas do designer, como empatia e experimentação, para chegar a soluções inovadoras. Ao usar o design thinking, você toma decisões com base no que os futuros clientes realmente querem, em vez de confiar apenas em dados históricos ou fazer apostas arriscadas com base no instinto e não na evidência.
Pensar como um designer pode transformar a maneira como as organizações desenvolvem produtos, serviços, processos e estratégia. Essa abordagem reúne o que é desejável do ponto de vista humano com o que é tecnológica e economicamente viável. Também permite que pessoas que não são treinadas como designers usem ferramentas criativas para enfrentar uma vasta gama de desafios.
Qual é a abordagem do design thinking?
O pensamento de design baseia-se na capacidade humana de ser intuitivo, reconhecer padrões e construir ideias que sejam emocionalmente significativas e funcionais. Os elementos do design thinking se combinam para formar uma abordagem iterativa — uma que você pode experimentar e adaptar para atender às suas necessidades.
“O design thinking não é um caminho linear, é uma grande massa de retorno a diferentes lugares do processo.” – David Kelley, fundador da IDEO e um dos principais propagadores do design thinking
Confira, a seguir, os passos que guiam esse caminho:
- defina a pergunta: identifique uma pergunta motivadora que inspire outras pessoas a procurar soluções criativas;
- inspire-se: inspire novos pensamentos, descobrindo o que as pessoas realmente precisam;
- gere ideias: vá além de soluções óbvias para obter ideias inovadoras;
- torne as ideias tangíveis: crie protótipos de baixa fidelidade (esboços) para aprender como melhorar as ideias;
- teste para aprender: refine as ideias reunindo feedback e testando adiante;
- compartilhe a história: crie uma história humana para inspirar outros a agir.
Como o design thinking ajuda a resolver problemas das instituições de ensino?
Conforme vimos, o design thinking é uma abordagem de resolução de problemas. Ele ajuda as pessoas e a instituição a conseguirem resolver desafios, unindo empatia, ideação e experimentação.
A Techne, desenvolvedora do sistema de gestão Lyceum, por exemplo, envolve os desenvolvedores, a equipe de marketing, os designers, os professores e a própria equipe de tecnologia da instituição de ensino. Desse modo, é possível contar com um grupo diverso de pessoas para realizar as sessões de design thinking. Assim, a Techne consegue obter múltiplos pontos de vista.
Isso faz com que a empresa consiga expandir ideias e discussões, de acordo com o que atende às necessidades de seus clientes, as instituições de ensino. Com todas essas interações, a equipe de desenvolvimento consegue entregar uma solução mais assertiva para o usuário, de acordo com as preferências e as demandas de quem usará a solução.
São feitas perguntas para os clientes, que apontam suas principais dificuldades. Em seguida, são ponderadas as percepções de falas e sensações para seguir para a fase de ideação. Todos colaboram com desafios que posteriormente são agrupados.
Os últimos estágios envolvem a discussão e o desenvolvimento de ideias para resolver os desafios levantados na etapa anterior até chegar a um protótipo de baixa fidelidade. Só após essa etapa que a empresa chega a um modelo, que é validado com os próprios usuários.
Dessa forma, o problema é resolvido em conjunto, usando a criatividade em vez de simplesmente replicar uma funcionalidade que já estava na cabeça do desenvolvedor.
Como estão sendo as experiências com novas soluções para instituições de ensino?
A equipe Lyceum implementou o design thinking com o objetivo de entregar melhores produtos para seus clientes, aumentando a agilidade das entregas, reduzindo retrabalhos e aumentando a satisfação dos clientes que participam do processo. Conheça algumas soluções desenvolvidas com essa metodologia.
Chatbot
Trata-se de um robô que atende os alunos a qualquer tempo e em qualquer lugar.
Muitas vezes, um aluno tem uma dúvida fora do horário de atendimento da secretaria, precisa solicitar um boleto ou quer simplesmente consultar notas e faltas sem precisar fazer login em um portal e clicar em vários botões.
Com o chatbot integrado ao sistema de gestão acadêmica, o aluno pode acessar a conta da instituição em uma mídia social, o portal da instituição e outros canais previamente disponibilizados e conversar via mensagem com um robô treinado para fazer o atendimento da secretaria e entregar a informação solicitada pelo aluno.
Com a ferramenta, o usuário consegue solicitar um serviço de maneira mais prática, sem tanta burocracia. Quem ainda não é aluno, consegue inclusive consultar unidades mais próximas, coletar mais informações sobre o curso e fazer a sua inscrição. Para a instituição de ensino, é uma forma muito rápida e barata de captar alunos e atendê-los 24 horas por dia.
APP para professores
Outra experiência conduzida pela equipe Lyceum se relaciona à melhoria na experiência de lançamento de notas e faltas por parte dos professores. A empresa separou dois grupos de usuários: o primeiro, voltado à educação básica. O segundo, associado ao ensino superior.
A partir daí, a empresa buscou implementar o design thinking de forma integral. Desde o primeiro passo, que envolve a empatia necessária para entender um problema, até a conversa direta com os usuários, tentando entender suas motivações, suas atitudes e as causas para as medidas tomadas por eles.
Como o APP evita o retrabalho
Com essa abordagem, foi possível descobrir que as instituições dedicadas à educação básica contam com processos mais rígidos, por exemplo, principalmente no lançamento de faltas e notas. Isso porque o professor realiza a chamada no papel e repassa as informações para um assistente, ocasionando retrabalhos.
Já em outros locais, a equipe Lyceum constatou que o próprio professor realiza a chamada diretamente no papel e também se encarrega de lançar no sistema, outra clara ocorrência de retrabalho. Quando as práticas de design thinking são aplicadas, é possível descobrir melhorias em processos que podem ser solucionadas com tecnologia.
Um exemplo é a capacidade de reduzir os trabalhos. Essa atribuição pode ser realizada por uma solução digital simples, como um aplicativo, para otimizar o lançamento de frequência direto no sistema.
Assim, o profissional pode utilizar seu próprio smartphone, tornando todo o procedimento mais dinâmico e evitando o retrabalho. Esse insight foi assimilado pela equipe e transformado em uma solução digital prática — o APP do aluno.
No ensino superior, especialmente em pós-graduações, muitos professores costumam ter outras atribuições dentro e fora da IES. Assim, sua rotina se torna muito atribulada e ele não realiza a chamada, por exemplo, repassando a atividade para um assistente.
O problema é que esse assistente também fica dependente de um notebook ou computador em sala para fazer o lançamento de faltas diretamente no sistema, ou também usa o método do papel para posteriormente lançar as informações em um sistema, produzindo um ciclo burocrático de tarefas. Com a utilização do design thinking, a equipe Lyceum segue desenvolvendo o aplicativo para solução desse e de outros desafios dos professores.
Viu como o design thinking é incrível? Esperamos que nossa história possa inspirá-lo a entender verdadeiramente os desafios da sua instituição e dos seus alunos para atendê-los da melhor forma.
Você já conhecia o design thinking? Já utiliza essa abordagem na sua instituição? Deixe o seu comentário compartilhando seu aprendizado!