pesquisador institucional

Pesquisador Institucional – O desafio das IES

Lyceum - Acervo Acadêmico Digital

O setor educacional vem passando por uma fase de crescimento no Brasil nos últimos anos, mesmo com as recentes crises econômicas mundiais. Esse crescimento, somado a globalização e aos avanços tecnológicos, foram fatores essenciais no desenvolvimento de novos cursos para atender ao mercado de trabalho no curto prazo. Para termos uma ideia nesta ultima década esse crescimento ultrapassou mais de 110% (número divulgado pelo INEP), com o consequente surgimento de novas instituições. Neste cenário o Ministério da Educação – MEC criou vários órgãos para avaliar, regulamentar e monitorar essas instituições.

A Portaria Nº 46 de 2005 do MEC instituiu o papel do pesquisador institucional (PI) neste cenário. Este novo profissional foi designado para atender a necessidade de um intermediário ou “procurador” entre as instituições educacionais e o Ministério da Educação. Desde então o PI vem desempenhando um papel fundamental, dentre as suas principais atividades podemos destacar: Atualização do cadastro dos cursos e coordenadores ao sistema SIEDSUP; responsável pelo censo da educação superior; Atualização das informações à SESU referente ao REUNI; Atualização dos dados do Relatório de gestão e elaboração dos indicadores do TCU; Atualizar o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI – no MEC, entre outras.

Existe uma grande dificuldade de encontrar esse profissional no mercado, pois, não há cursos específicos, e nem as Instituições de Ensino Superior – IES tem a definição clara da função do PI. Com esta demanda surgiu à necessidade de capacitar esses profissionais, um exemplo é a iniciativa do  Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – SEMESP, que lançou recentemente um projeto de Universidade Coorporativa, com objetivo de capacitar os profissionais das IES, através de cursos presencias e a distância, sendo o curso para formação de PI umas das primeiras formações oferecidas. A princípio serão três cursos: Formação e Desenvolvimento de Pesquisadores/Procuradores Institucionais; Capacitação de Recursos; Formação e Capacitação de Coordenadores de Cursos.

Sem dúvida um dos grandes desafios das instituições é entender o papel estratégico do PI e tentar focar na formação deste profissional que será seu interlocutor entre o MEC e a IES nos seus processos regulatórios.

 


[i] Leticia Marques é Mestre em Educação pela Universidade Metodista de São Paulo

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