como implementar ead ou cursos híbridos

Como implementar o EAD ou cursos híbridos?

Para quem ainda não sabe, há algum tempo o ensino híbrido é uma das grandes tendências de Educação. O avanço das tecnologias abriu as portas para tantas facilidades, que hoje em dia se a instituição não oferece cursos híbridos já pode ser considerada ultrapassada.

A fusão entre as modalidades presencial e a distância é capaz de proporcionar diversos benefícios aos alunos, como flexibilidade e maior autonomia no processo de aprendizado. Isso não quer dizer que a instituição de ensino superior (IES) não precise ficar atenta às suas responsabilidades.

Mas como implementar o método da melhor maneira? Confira, a seguir, algumas dicas bastante úteis para facilitar essa missão!

Comece aos poucos com cursos híbridos

O primeiro conselho é começar aos poucos, sem pressa em oferecer uma grande variedade de cursos híbridos se você ainda não conta com a devida estrutura e experiência para isso.

Desde 2004, o MEC (Ministério da Educação) autorizou todos os cursos de graduação a oferecerem 20% de atividades a distância. Logo, essa já é uma maneira de testar o ensino híbrido gradualmente.

Outra ideia é começar oferecendo cursos de especialização ou de atualização profissional (que não são controlados pelo MEC) para adquirir know-how no ramo. Essa será uma boa oportunidade para testar planos, identificar falhas e reforçar os acertos.

Então, depois de adquirir mais expertise no negócio, pode-se pensar em criar uma graduação híbrida ou totalmente a distância — pedindo, claro, a autorização do MEC para tal. De toda forma, fazer essa mudança de modo repentino e sem preparo não é aconselhável.

Forme uma boa equipe

Sem o suporte de um time interessado nos mesmos objetivos da organização, certamente será mais difícil concluir o projeto de implementar o EAD em qualquer instituição — isto é, vale “separar” aqueles que estão motivados para participar dessa mudança.

Uma equipe de qualidade é parte essencial desse processo, portanto, se essa ainda não é uma realidade no seu ambiente de trabalho, o melhor é contratar uma consultoria especializada para cumprir essa função.

O maior destaque deve ficar para a contratação de, pelo menos, uma pessoa com certa experiência e conhecimento em EAD — preferencialmente, com perfil sênior. Ela será a grande responsável por montar todo o projeto de implantação, selecionar o time, treinar seus colegas e tirar todas as dúvidas existentes.

Nesse caso, ter uma equipe reduzida, mas competente, é muito melhor do que pensar em quantidade. A distribuição de responsabilidades — mesmo entre os poucos profissionais com interesse em trabalhar com o ensino híbrido — é uma vantagem diante das resistências que tantos outros professores criam contra essa experiência.

Planeje bem os métodos de ensino

Embora os assuntos que devem ser trabalhados em um curso EAD possam ser os mesmos da modalidade presencial, um detalhe relevante é repensar a estrutura de como esse conhecimento será transmitido.

Os métodos de ensino serão diferentes, e isso requer planejamento, de forma que tudo corra bem mesmo à distância. Pelo menos alguns meses antes ou no semestre anterior a instituição deve se preocupar com essa questão, deixando tudo pronto para o lançamento dos cursos.

Uma das ferramentas mais utilizadas para cumprir o plano educacional é a videoaula. Mas vale lembrar da necessidade de se programar com certa antecedência para conseguir os equipamentos necessários e um bom local para fazer as gravações.

Os professores da grade curricular devem apresentar seus tópicos de forma clara e objetiva para que esse material seja disponibilizado para os alunos via internet.

Além disso, outras questões precisam ser definidas como: trabalhos em grupo, exercícios, avaliações etc. É crucial que a equipe educacional consiga acompanhar o desempenho dos estudantes mesmo de longe.

Muito se fala, por exemplo, em aplicar metodologias ativas. Isso indica que o aluno deve ser estimulado a colocar a mão na massa para aprender, tendo mais autonomia e, consequentemente, maiores responsabilidades. Porém, a expectativa é que isso sirva para desenvolver suas habilidades práticas, proporcionando um saldo positivo.

Todos esses fatores precisam ser avaliados por uma comissão, ressaltando ainda mais a importância de ter uma pessoa experiente em EAD para fazer essa integração.

Estruture polos de apoio

Apesar do espaço virtual ser um grande protagonista no ensino híbrido, o aspecto físico não deixa de ter o seu  valor. Todo curso de EAD precisa ter, pelo menos, um polo de apoio para os seus alunos.

No caso de uma instituição que atua em diferentes cidades e estados brasileiros, o ideal é ter um local de suporte em cada um desses pontos. Essa necessidade pode trazer algumas dificuldades para a escola, pois para conseguir maior abrangência também é inevitável ter que investir em mais espaços.

Uma boa ideia para solucionar essa situação é encontrar parceiros para os polos presenciais. Alguns colégios, por exemplo, já têm uma boa estrutura montada e não sediam aulas no turno da noite. Então, essa é uma maneira de reduzir os custos e facilitar a adequação dos espaços, transformando-os em polos noturnos.

Trabalhe o endomarketing

Além de mostrar para o mercado a sua mudança, preocupe-se ainda com as estratégias voltadas para o seu público interno (ou endomarketing, como também é conhecido).

Informar as pessoas externas sobre a novidade é fundamental para atrair mais alunos, mas evitar conflitos com os já matriculados é outra tarefa primordial. Eles precisam perceber essa transformação como algo positivo, que está acontecendo de acordo com as tendências mundiais.

O aprender sozinho tem sido muito valorizado pelo mercado de trabalho, principal razão pela qual a educação a distância não deve ser vista como uma tentativa de economia da IES. Ao contrário, é preciso ressaltar os seus benefícios para a boa formação do corpo discente.

Invista em tecnologia

Por fim, para tudo isso dar certo é extremamente importante investir em tecnologias que viabilizem a educação a distância. Sem um bom software de gestão especializado para o EAD será bastante difícil — para não dizer impossível — fazer todo esse esquema funcionar.

O sistema deve ser capaz de controlar as estruturas curriculares, que em geral são diferentes no EAD, toda a administração dos polos, as questões de secretaria (emissão de documentos, rematrículas etc.), as situações acadêmicas (frequência, notas, exercícios) e financeiras de cada aluno, entre outras.

Como os estudantes precisam ter acesso aos conteúdos de qualquer lugar que estejam, os recursos tecnológicos utilizados merecem muita atenção. O armazenamento dos materiais na nuvem (via internet) deve ser seguro e funcional.

Até porque são essas plataformas que permitem a interação entre alunos, professores, tutores e os outros profissionais da IES, construindo um ambiente virtual integrado de aprendizagem. Essa sistematização garante que as coisas fiquem mais organizadas, impactando diretamente na credibilidade da instituição de ensino e na sua sustentabilidade financeira.

Afinal, quanto mais descontrolado for esse processo de implementação de cursos híbridos e do EAD, maiores serão as chances de ele dar errado — seja por não conseguir público, por não obter o retorno esperado ou por quaisquer outros motivos semelhantes.

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